domingo, 1 de setembro de 2013

Dia da Bailarina

Você usa longos corredores para treinar grand jeté? Você tem mais sapatilhas do que sapatos normais, e suas sapatilhas sempre furam com mais ou menos três meses de aula, então você a remenda com esparadrapo? Alguns te confundem com um pedaço de borracha? Em vez de dedos você tem bolhas nos pés? Você vive roxa em alguma parte do corpo? Você está sempre ocupada contando até oito? Você sobe na meia-ponta quando conversa com seus amigos? Você se senta na abertura confortavelmente? Você coloca sua sapatilha de ponta para alcançar objetos que estão em lugares altos? 

A dança é a vida, e o resto é apenas um passatempo? Piruettes e fouettès são as palavras principais de seu vocabulário? Você conhece mais palavras em francês do que em inglês? Você só consegue contar até oito? Você ri quando alguém que não dança reclama que o pé está doendo? Assistir televisão é a hora de se alongar? Você promete nunca parar de dançar? Você atravessa um corredor dançando ao invés de andar? Todos os seus amigos estão no cinema enquanto você está ensaiando? Você faz pliés e tendus enquanto está na fila? Você faz saut cheval nos estacionamentos e quando desce a rua? Você tem os músculos mais fortes do que os meninos do seu colégio? Você usa breu em vez de sabão? Antes de qualquer coisa você conta 5, 6, 7 e 8? Você escova os dentes treinando balance devant, à la second e derrière

SIM?! Então, somos bailarinas.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

acima do sol

você já se sentiu perdido? caminhando sozinho? em busca do nada?

como se sentir assim é complicado... você olha pra direita e nada, pra esquerda, menos ainda, pra frente ninguém e para trás um montão de dias mal aproveitados.
ah! sim... no passado você pensou que estava tudo certo, que encontraria um jeito para tudo e que o final feliz estava ali, na ponta do seu nariz.
bom, e agora? e agora, que todos os sentimentos mais lindos que você já sentiu na vida não passaram de uma simples ilusão, de um sonho sendo sonhado sozinho, de uma vontade única, por ser ímpar e por ser só sua.
você ali... lutando, fazendo planos, seguindo adiante e puxando com muita força quem deveria estar do seu lado mirando o mesmo destino que você.

até que ponto vale a pena carregar alguém esperando que o comodismo seja deixado de lado? a solução seria seguir só? ou continuar sonhando com o final feliz?
não sei, ainda. todas as escolhas teriam dias difíceis e lágrimas teimando em cair, junto com sorrisos esporádicos e a construção de mais sonhos em busca do "viveram felizes para sempre".

quem entende esse lance todo? SOS, me explica!?


terça-feira, 30 de abril de 2013

O Metrô é uma droga. Vamos fumar o Metrô!

Dia 30/4, véspera de feriado e você demora mais de 30 min. para chegar de uma estação de trem à outra, caminho que, normalmente, é percorrido por apenas 2 min.

Então, você abre o noticiário e de cara lê a seguinte matéria publicada no Portal da Folha Online: 'Quebramos vidros porque tinha gente passando mal', diz usuário do Metrô de SP, na qual o Metrô responsabiliza os usuários pelo agravamento da falha nos trens da linha 3 -Vermelha, que acarretou transtornos em outras linhas e estações, como o terminal Luz, um caos por natureza.

Taí. Você paga R$ 3,00, pessimamente utilizados, para ver os usuários passando mal, e ainda serem considerados os culpados por uma falha operacional. Incrível, não?!

Provavelmente as pessoas que coordenam o Metrô e a CPTM, ou seja, o Governo do Estado de São Paulo, não andam de transporte público. Pois, só quem ficou mais de 10 min. trancafiado dentro de uma composição de trem sabe o que é desespero. São mais de 300 pessoas num mesmo vagão, no mínimo 250 dessas pessoas estão de pé, muitas vezes segurando mochilas pesadas, pois dali vão ao trabalho e depois para a faculdade pensando em garantir uma vida mais digna [?], mães estão segurando suas crianças pequenas no colo para levar a creches ou médicos antes de irem trabalhar, mulheres grávidas, idosos e por aí vai... São milhares de pessoas dependentes de um transporte ridículo, que de 365 dias no ano, falha dia sim e dia não.

No último mês, a Agência Estado publicou uma matéria (Dobra o número de falhas que prejudicam o metrô de São Paulo) mostrando o quão vergonhoso é o serviço prestado por esses "terminais de passageiros" (ou terminais de carga?). Nos últimos 3 anos as falhas dobraram, prejudicando mais de 1 bilhão de paulistas. Mas, para eles é normal... Afinal, realizaram a compra de novos trens, reduziram o tempo de paradas [sic!] e aumentaram a oferta de viagens.

E vocês ainda reclamam? Quanta ruindade!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Disney: inspiração de amor

Quando somos crianças assistimos todos os desenhos da Disney e esperamos que nossa vida siga pelos mesmos caminhos... uma linda princesa, com pais fantásticos, que enfrenta alguns desafios, encontra seu príncipe e vive feliz para sempre. Mas, não demoramos muito mais do que 12 anos para perceber que contos de fadas não passam de contos de fadas.

É. A realidade é uma droga, mesmo. Porém, mesmo sabendo que a probabilidade de se viver no mundo fantástico da Cinderela & Cia. é menos zero, nós meninas/mulheres gostamos de sonhar que em um belo dia  de outono, um lindo rapaz de olhos verdes chegará montado em um belo cavalo branco.

Aí o primeiro que nos trata como uma mini-princesa já leva todo esse amor gratuito com os sonhos de um final feliz, pois então... - bangue - ...você acorda e cadê o príncipe? Provavelmente voltou para o cavalo branco e te deixou só com o sapo.

Será que é sempre assim? Ou com o tempo o sapo volta a virar príncipe? Deve ser esse o segredo das princesas da Disney, por isso que o desenho termina no "viveram felizes para sempre"...


coração não é tão simples quanto pensa.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

você conhece o verdadeiro amor?


Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia do matrimônio.

O mestre disse que respeitava suas opiniões, mas lhes contou a seguinte história: Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã, minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e, quase se arrastando, a levou até a caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou! Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção: “Meus filhos, foram 55 bons anos… Ninguém pode falar do amor verdadeiro, se não tem ideia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.” Ele fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: “Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, e perdoamos nossos erros… Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim, e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto, que não gostaria que sofresse assim.” Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.”

E por fim, o professor concluiu: Naquele dia, entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas. Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar, pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

Quem caminha sozinho, pode até chegar mais rápido. Mas aquele que vai acompanhado, com certeza, chegará mais longe, e terá a indescritível alegria de compartilhar alegria… alegria esta, que a solidão nega a todos que a possuem!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

rogai por nós Santa Maria

Alguém consegue não se emocionar ao ler as notícias do incêndio em Santa Maria?
Eu não consigo. Juro. Eu tentei não me envolver, ser fria, não buscar culpados. Mas, é impossível... Ainda sou ser humano, ainda sinto dor ao ver tragédias, meu coração ainda aperta ao ver pessoas chorando.

Magoa muito pensar que amigos tiveram que ver amigos morrendo e não puderam fazer muito, pensar que amigos se abraçaram para morrerem juntos, pensar que bombeiros tiveram que ser os porta-vozes ao atender os celulares das vítimas, pensar que pais tiveram que reconhecer seus filhos, pensar que os olhos miravam as paredes do ginásio em busca de não encontrar o nome do ente querido que se foi. E de pensar em tudo isso, me sinto pequena, indefesa e frágil.

Não entendo como alguns conseguem fazer piadas de humor negro, como outras boates querem usar o caso para sair por cima, como religiosos fervorosos culpam as próprias vítimas por estarem se divertindo, como a imprensa parece se divertir com a audiência do caso. Me impressiona a falta de sensibilidade de algumas pessoas.

Por outro lado me conforta ver pessoas que realmente se importam com o ocorrido e com as vítimas. Bombeiros dando o melhor que podem, voluntários se empenhando e saindo de todos os lugares do Brasil para ajudar, empresas de ônibus doando passagens para enfermeiros voluntários de outros estados, sociedade solidarizada, governo e exército em total apoio e comoção. Por causa desses eu ainda sinto orgulho do meu acolhedor País.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

vinte e três verões

Hoje, mais um verão está passando pela minha vida... Ao todo foram 23.

Isso é fantástico! Em especial porque consigo olhar para os outros 22 verões e ver que construí uma vida com base nas lições que aprendi com meus pais. Uma vida com grandes vitórias, grandes amigos, grandes conquistas, grandes escolhas, uma grande vida.

Ao longo desses anos, que ainda considero poucos anos, formei um castelo de tudo que é bom: sentimentos, sensações, sorrisos, abraços. Tudo do melhor e mais especial. Reaprendi que verdadeiros amigos existem, que eles podem ser de anos ou de meses, podem ser vizinhos ou morar do outro lado do estado, tanto faz, mas o importante é eles existirem.

Nessa mais uma comemoração sou grata aos meus pais por serem os primeiros a me dar amor incondicional e me moldar para que eu fosse o que sou; a minha família por acreditar, apoiar e se orgulhar de mim; aos meus amigos por tornar todos os momentos especiais; ao meu amor por ser quem me completa. E acima de tudo, sou muito grata a Deus simplesmente por ele ter colocado pessoas incríveis do meu lado ao longo do meu caminho!

Quando fiz 18 anos, a +Mayara Potenza me disse que eu não poderia ter nascido em dia melhor, porque hoje também é comemorado o Dia Internacional do Riso. E sabe, eu concordo com ela. Comigo não tem tempo ruim, não tem lágrima que escorra, não tem bico que não murcha. Espero que eu tenha conseguido (e continue conseguindo) cumprir o meu propósito de fazer cada dia mais pessoas rirem, mesmo que seja de mim!