quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

minha menina Nina

Nas últimas semanas, eu percebi como as pessoas são más e desumanas. Claro que não todas, só a grande maioria!

Há três semanas eu resgatei da rua uma linda cachorrinha a qual dei o nome de Nina, como a cantora de jazz negra Nina Simone, pelo fato dos pêlos da cadelinha serem pretinhos. rs 

Logo nos primeiros dias percebi como a Nina era uma cachorra especial, muito educada e carinhosa, não faz necessidades dentro de casa e adora um afago na barriguinha. Mas, para mim ela ainda tinha um problema: não era castrada. Pois bem, fiz de tudo... dei banho, remédios para vermes, pulgas e carrapatos, levei ao veterinário para saber se sua saúde estava bem e para castrar. E então, ela, mesmo com cinco anos de idade, seria a cachorra perfeita para qualquer lar.


E aí foi quando cai na realidade dos seres "humanos". Passei duas semanas ligando, conversando, mandando emails, postando em mil redes sociais, cadastrando em sites para adoção, enfim, dei o meu melhor para conseguir um novo lar para ela, já que meu apartamento já conta com dois cachorros de porte médio. 

Algumas pessoas conseguiram ao menos compartilhar a foto e meu apelo, mas muitas, muitas e muitas outras pessoas não fizeram nada a não ser dizer "ai, que linda!", então porque não fica com ela? "ah. se fosse de raça eu pegava..." ou "puxa, eu precisava mesmo era de um cão de guarda", beleza, eu consigo um para você adotar, quer mesmo? conheço algumas ONGs, será demais! "melhor não, o meu ainda nem morreu...". Ainda teve aquelas respostas "mas, eu já tenho um que vale por 3", amigão! eu tenho TRÊS que valem por mil, sentiu o drama? Tinham também os que tentavam ajudar "leva no canil", mal sabem eles que nesse lugar grande parte dos animais são sacrificados. "cachorro? argh, se fosse gato..." mesmo? conheço quem doa gatos, "hahaha, brincadeira".


A conclusão da história acabou sendo a já esperada e não adorada pelos meus pais. A Nina será nossa mais nova companheira, que nos dará amor incondicionalmente, que nos deixará nervosos, mas irá compensar tudo isso na primeira lambida na bochecha. Caberá a nós somente retribuir com todo o carinho do mundo! E se você que tem espaço em casa, somente um cachorro e não adotou a Nina vier chorar dizendo como está se sentindo sozinho, minha resposta será: Puxa! Que peninha... Eu tenho três melhores amigos que não me abandonam nunca!